terça-feira, 16 de agosto de 2011

A CURA É PARA TODOS?

 A vontade do Deus ainda é, como nos tempos passados, curar todos os que precisam de cura?

O maior obstáculo à fé, para muitas pessoas que buscam a cura em nossos dias, é a incerteza que nutrem quanto a ser ou não a vontade de Deus curar todos.

Quase todos sabem que Deus cura alguns, mas há muita coisa na Teologia moderna que impede que as pessoas saibam o que a Bíblia ensina claramente: há provisão de cura para todos.

É impossível reivindicar ousadamente uma bênção, pela fé, quando não temos a certeza de que Deus a oferece, porque as bênçãos de Deus podem ser reclamadas somente quando a vontade do Altíssimo é conhecida, crida e praticada. Se quisermos saber o que há em um testamento, devemos lê-lo. Se quisermos saber a vontade de Deus sobre alguma questão, leiamos seu testamento.

Suponha que uma senhora me dissesse: “Meu marido, que era muito rico, faleceu. Eu gostaria de saber se ele deixou algo para mim em seu testamento”. Eu lhe diria: “Por que você não lê o testamento?”.

A palavra testamento, legalmente falando, significa a vontade de uma pessoa. A Bíblia contém a última vontade, o testamento do Todo-Poderoso, no qual Ele nos lega todas as bênçãos da redenção. E sendo Sua última vontade e Seu Testamento, qualquer coisa posterior é falsificação. Ninguém faz um testamento novo depois de morrer.

Se a cura está no testamento de Deus para nós, dizer, então, que Deus não está disposto a curar todos, o que Seu testamento afirma claramente, seria modificar o testamento, isso após a morte do Testador.

Jesus não é apenas o Testador que morreu, mas Ele ressuscitou e é também o mediador do Testamento. É nosso advogado, por assim dizer, e não vai privar-nos do Testamento, como fazem alguns advogados do mundo. Ele é nosso Representante à destra do Altíssimo.

Não há maneira melhor de ter certeza da vontade de Deus do que ler os Evangelhos, que registram os ensinamentos e obras de Cristo. Jesus era a expressão da Vontade do Pai. Sua vida foi tanto uma revelação quanto uma manifestação do amor imutável e da vontade de Deus. Ele representou, literalmente, a Vontade de Deus para nós.

“Se for a Tua vontade”

“Quando Jesus impunha as mãos sobre cada um deles, os curava” (Lucas 4,40), estava revelando e fazendo a vontade de Deus para todas as pessoas. Eis aqui venho [...], para fazer, ó Deus, a tua vontade (Hebreus 10,7). “Porque eu desci do céus não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele me enviou” (João 6,38).

Tudo o que Jesus fazia pela humanidade necessitada durante Seu ministério terreno era uma revelação direta da perfeita vontade de Deus para a raça humana.

Dentre todos os que buscaram a cura em Cristo durante Seu ministério terreno, apenas um orou pela cura com estas palavras: se quiseres. Foi o pobre leproso rejeitado que não conhecia a vontade de Cristo de curar.

A primeira coisa que Cristo fez foi corrigir essa incerteza assegurando-lhe: Quero. Não se trata mais de “se for a tua vontade” - É a vontade de Deus. O leproso de Marcos 1,40 disse: Se queres, bem podes. Jesus respondeu: Quero.

Que este quero esclareça de uma vez por todas: Deus quer curar os enfermos. Se ele quer curar um, quer curar todos. Ele não quer que ninguém pereça (2 Pedro 3,9).

Tiago pergunta: Está alguém entre vós doente? (Tiago 5,14). Alguém inclui você que está lendo este livro, se você está doente.

Sobre aqueles que foram mordidos pelas serpentes ardentes, está escrito que todos que olhassem para a serpente de metal sobreviveriam. (Números 21,9). E mesmo agora, se alguém [quem quiser] olhar para Cristo como Redentor, será salvo. Todas as pessoas estão na mesma situação quanto aos benefícios da Expiação.

As expressões todo aquele e quem quiser são sempre empregadas para convidar os pecadores à salvação.

As expressões tantos quantos, todos e cada um são usadas para convidar os doentes e os enfermos a serem curados. Ambos os convites são sempre universais, e os resultados são sempre prometidos positivamente: Será salvo; terá vida; será curado; o Senhor o levantará; serão todos curados; e todos os que a tocavam ficavam sãos.

Os pais, muitas vezes, demonstram preferência por um filho, mas Deus nunca o faz. Quando cumprimos condições iguais, recebemos igualmente. Quando cumprimos nossa parte, Deus é sempre fiel para cumprir a Sua parte. Sempre.

Os benefícios do Calvário são para você. Se Deus curava todos, Ele ainda cura todos; isto é, todos os que chegam a Ele para serem curados.

“Jesus Cristo é o mesmo de ontem, e hoje, e eternamente”. (Hebreus 13,8).
                                                                                                             
“Acompanhou-o uma grande multidão de gente, e ele curou a todos” (Mateus 12,15).
                                                  
“E todos os que tocavam [a orla de suas vestes] ficavam sãos” (Mateus 14,36).
                                                                                                                 
“E toda a multidão procurava tocar-lhe porque saía dele uma força que curava todos (Lucas 6,19).

Pela tarde, apresentaram-lhe muitos possessos de demônios. Com uma palavra expulsou ele os espíritos e curou todos os enfermos. Assim se cumpriu a predição do profeta Isaías: tomou as nossas enfermidades e sobrecarregou-se dos nossos males(Mateus 8,16-17).
 
Cristo continua curando os enfermos para cumprir as palavras do profeta: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças”. Lembre-se sempre de que você está incluído no nossas de Mateus 8,17, e de que Deus está obrigado, por Sua aliança, a continuar a sarar todos os que estão doentes e enfermos, para cumprir a palavra de Isaías.
“Mas não lhe retirarei o meu favor e não trairei minha promessa. Não violarei minha aliança, não mudarei minha Palavra dada” (Salmo 88, 34-35).

“Depois do pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diversas moléstias lhos traziam. Impondo-lhes a mão, os curava” (Lc 4,40). A cura divina era para todos naqueles dias, e Cristo, O que cura, jamais mudou (Hb 13,8). A cura divina é para todos e deve ser pregada a todos.

Filipe pregou Cristo aos Samaritanos:

“A multidão estava atenta ao que Filipe lhe dizia, escutando-o unanimemente e presenciando os prodígios que fazia. Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam, levantando grandes brados. Igualmente foram curados muitos paralíticos e coxos. Por esse motivo, naquela cidade reinava grande alegria” (Atos 8, 6-8).

Jesus provou ser exatamente o mesmo de quando Filipe pregava sobre Ele. Pedro pregou Cristo, e o coxo de Atos 3 foi curado. Jesus provou ser o mesmo para Pedro.

Em qualquer tempo e em qualquer lugar em que se pregue Jesus Cristo no Seu sacrifício pleno pelo pecado e pela doença, o resultado será a cura dos corpos doentes, assim como a salvação das almas.

Paulo pregou Cristo. “Em Listra vivia um homem aleijado das pernas, coxo de nascença, que nunca tinha andado. Sentado, ele ouvia Paulo pregar. Este, fixando nele os olhos e vendo que tinha fé para ser curado, disse em alta voz: Levanta-te direito sobre os teus pés! Ele deu um salto e pôs-se a andar” (Atos 14, 8-10).
Paulo pregava o Evangelho da cura divina, porque o coxo recebeu fé para ser curado enquanto ouvia a mensagem de Paulo. Em todo lugar onde se prega a cura divina com todos os seus plenos benefícios para todos, o povo responde à Palavra pregada, tem fé para ser curado, e as pessoas são curadas. Este método nunca falha. A fé não pode falhar.

Mas não se pode pôr a fé em atividade quando a pessoa fica indecisa quanto ao fato de Deus curar todos ou não. Se Ele não quer curar todos, então somos obrigados a considerar cada caso: “Deus vai curar esta pessoa? Ou este é um dos infelizes a quem Deus quer que fique a sofrer?” Como poderíamos fazer a oração da fé com tal incerteza em nossas mentes?

Que isto fique de uma vez por todas compreendido e estabelecido: é a vontade de Deus curar você que está com esse livro nas mãos. Tenho tanto direito à cura quanto ao perdão - quando creio. Deus disse: “Eu Sou o Senhor, que te Cura. Deus disse, e Deus não pode mentir, Ele quis dizer o que disse. O que Deus diz é verdade. Portanto, a cura é minha.

A cura divina é parte do Evangelho e é para ser pregada por todo o mundo e para toda a criatura (Marcos 16,15), sendo estabelecida para se cumprir plenamente até a consumação dos séculos (Mateus 28,20). Sendo parte do Evangelho, a bênção divina da cura física é para todos.

A vontade de Deus ainda é, como nos tempos passados, Ele é o mesmo não mudou! Porque eu Sou o Senhor e não mudo(Malaquias 3,6). Jesus Cristo o Filho de Deus é o mesmo não mudou! Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem hoje e por toda a eternidade(Hebreus 13,8).  
(Trecho extraído do livro “Como Receber a Cura Divina” do Padre Gilmar Serafim).